Sobre as dimensões do espaço, por Cristina Ruo Han Wang
Neste universo tão vasto, há imensos corpos. E também há corpos microscópicos. Junto com os avanços tecnológicos, o nosso mundo é feito de "tijolos'' do passado, da história. Muitas pessoas dizem que agora somos mais inteligentes que pessoas lá do século XVII, mas isto não é verdade. Somos todos iguais, não importa o período. Pessoas acham isso porque construímos o nosso saber em cima do que já foi descoberto. A humanidade nunca para de se desenvolver, os impulsos que Galileu, Newton, e Einstein deram foram gigantescos. Galileu (e Copérnico) nos ajudou a entender que a Terra não é o centro do universo, descobriu que a Lua tinha crateras e montanhas, Júpiter tinha quatro luas próprias, Vênus tinha fases. Newton (e Leibniz) nos permitiu a ter a base das matemáticas e físicas avançadas: o cálculo. O Einstein apresentou a teoria geral da relatividade, o conceito de buracos negros e muito mais. Com todas essas descobertas, surgiu a seguinte questão: as dimensões.
Apresentando resumidamente, há duas Ilhas no mundo da física. Uma grande outra pequena, mas o que falta é uma ponte para conectá-la. Esta ponte é a base de tudo que os físicos querem achar. No mesmo sentido de que a natureza nos apresenta água, gás e gelo. Afinal de tudo, os três são H2O. Esse H2O é o que os físicos querem entender, a origem e o fundamento de tudo que conseguem conectar o mundo quântico com a relatividade geral.
Dito por Greg Keys no filme interstellar: “Gravity crosses dimensions, including time”, em português, "Gravidade passa de dimensões, inclusive o tempo.” Isso faz com que não seja possível a conexão dos dois mundos citados acima, porque a gravidade atrapalha as observações do mundo pequeno.
Uma das teorias que os físicos elaboraram para tentar resolvê- la foi a teoria das cordas, também conhecida como “theory of everything”. Em que é debatido constantemente entre vários cientistas ao longo da história. A teoria das cordas propõe bastante coisa sobre partículas teóricas tais como “graviton”, a junção do termo “gravity” e “photon”, enquanto photons carregam forças electromagnéticas, ela carrega o campo gravitacional. A teoria das cordas também propõe que o universo tem 11 dimensões no total. A pergunta surge imediatamente: onde?
De acordo com Michio Kaku, um físico Americano apresenta: “In string theory, all particles are vibrations on a tiny rubber band; physics is the harmonies on the string; chemistry is the melodies we play on vibrating strings; the universe is a symphony of strings, and the 'Mind of God' is cosmic music resonating in 11-dimensional hyperspace.” Em português fica: “Na teoria das cordas, todas as partículas são vibrações em um minúsculo elástico; a física são as harmonias na corda; química são as melodias que tocamos em cordas vibrantes; o universo é uma sinfonia de cordas e a 'Mente de Deus' é uma música cósmica que ressoa no hiperespaço de 11 dimensões.” Trata-se de uma característica importante da visão da teoria de corda: a partícula mais pequena não é um átomo, mas sim, um elástico. Atualmente, as pessoas questionam o que elas conseguem ver e com qual perspectiva. Cientistas descobriram que a primeira dimensão é simplesmente um ponto. A segunda dimensão é ligar com uma reta dois pontos, ou seja, um plano. O terceiro, é onde vivemos, onde uma outra reta "sai do papel”,(ideias novas sobre isso mais para frente do texto.) Se prestarmos atenção, identificamos um padrão. Sem nada que evidencie a terceira dimensão é o limite, mais sim, evidencia mais que três ou quatro dimensões, deve ter dimensões que não percebemos. Isto é justamente a pergunta que todo mundo quer saber: onde estão elas?
Dentro de um buraco negro como apresentado no interstellar? Perto de nós? Bem longe?
Segundo Neil deGrasse Tyson, famoso astrônomo e astrofísico, não é nada estranho dizer que estamos basicamente vivendo na quarta dimensão. Conseguimos mover de esquerda para direita (x), de cima para baixo (y) e de frente para trás (z). Mas, ainda tem uma dimensão do tempo incontrolável. Se algum dia conseguirmos elevar para uma dimensão maior, veremos a dimensão do tempo como uma dimensão do espaço, onde podemos ter acesso. Para facilitar a compreensão, a situação é igual quando vamos ler um livro. Controlamos o seu tempo.
O senso comum sugere que o nível mais alto seria lá longe dentro do espaço, mas se vemos a Terra lá de Júpiter, ela seria um ponto, ou seja, primeira dimensão. Mas só aqui na terra que sabemos, na verdade, é a terceira dimensão. Neste caso, fizemos um zoom para fora, e a dimensão da Terra diminuiu. Então se fazemos um zoom para dentro, ela (a dimensão) aumenta. Então será que se a gente virar um átomo, as coisas mudam? A ciência espera que mudamos porque vidas extraterrestres, superiores às de nós, devem viver em dimensões maiores.
A natureza que parece complicada mas é simples, ela sempre ganha de nós (como citado no livro Senhor das Moscas)? Somos sim feitos de átomos, mas não somos UM átomo, também temos a nossa consciência, considerada hoje, como anti matéria (átomos são matérias).
Ninguém sabe onde as dimensões estão. O mundo que vivemos é apenas o limite do ser humano, fomos construídos para viver neste padrão, porque os nossos problemas não seriam nada para as outras dimensões, por exemplo, o tempo.
No caminho, surgiram pequenas perguntas além da pergunta principal: Onde estão as outras dimensões?
A resposta é, ninguém sabe, este é o ponto verdadeiro de “por que é difícil fazer ciência.” Sem teorias e comprovações, nada pode ser dito como verdadeiro, por mais que você queira.
(Imagem: Greg Rakozy, Unsplash)
Comentários
Postar um comentário