O homem e os mitos, por Luigi Rosanelli Cortopassi



Desde que o homem é homem, ou pelo menos até onde temos registro da humanidade, sabemos que sempre temos criado mitos, os gregos com os deuses, minotauros, ciclopes, odisseu, e etc. Os egípcios com Anubis, Rá. Até mesmo os cristãos, com Jesus e Deus.
Hoje em dia, um dos meios de maior lucro é o cinema e a indústria de filmes, sendo um de seus grandes pilares os filmes de heróis, fantasia, e desenhos para crianças, como por exemplo “Toy Story”, “Vingadores”, e até clássicos como “Star Wars”.

O ponto é: vemos com isso uma necessidade de criar mitos e heróis, e vemos isso até hoje em dia, com os super heróis de histórias em quadrinhos. Então fica a pergunta, Qual a necessidade do ser humano de criar mitos? Mas, por que nós que estamos a quase 4.000 anos da Antiguidade ainda precisamos de heróis? Porque, no fundo de nossos corações, todos nós buscamos uma bela morte e queremos que nossas ações sejam lembradas pelas pessoas. É por isso que colocamos tanta ênfase nas referências, quem fez o quê, quando e onde e por quê. É por isso que temos que estabelecer nossa imagem e o retrato do vilão. No fim, o que nos leva a mudar é o medo da morte.

Quando falamos em heróis, a imagem que costumamos imaginar é a de um personagem idealizado, cheio de boas qualidades e quase perfeito. E que quando apresentam algum defeito, servem como elemento para impulsionar a narrativa de sua história.

Enquanto houver covardia, haverá coragem e sempre haverá heróis. Enquanto houver mal, haverá virtude. Enquanto houver mesquinhez, haverá grandeza. Raças do mal, assim como o inverno traz a primavera. Pessoas simples acreditam em heróis e ganham com isso força, e vontade de ser como eles.

Então acho que poderíamos dizer que embora dependa muito da fé da pessoa, todos nós precisamos de heróis para que possamos nos inspirar e ter de alguma forma, algum tipo de sentimento de estar protegido, e saber que sempre haverá alguém para combater o mal, e nos salvar.


Imagem: (Maria Lupan, Unsplash)

Comentários