Vida Após a Morte, por Amanda Bialer Ingham

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Para cada pessoa, essa pergunta pode ter uma resposta diferente. Mas será que é possível encontrar alguma relação entre elas? Ou até: de onde essas respostas surgem e o que faz uma pessoa acreditar em uma ou outra? Hoje em dia, temos diversos filósofos e especialistas, como Deepak Chopra, médico de espiritualidade e medicina corpo-mente, entre diversos outros. Inclusive professores e especialistas em faculdades, como a Universidade da Virgínia, ou até a Universidade de Cambridge, que tentam encontrar uma resposta para essas perguntas. 

Além de especialistas, temos várias séries e livros que tratam do assunto, trazendo uma forma de questionamento para a sociedade. É possível encontrar algumas pessoas que já passaram por situações de quase morte, e para cada um este momento pode ser diferente, mas ao mesmo tempo possui características semelhantes. Tais depoimentos sobre a morte fazem com que seja muito questionada e debatida por conta da incerteza do que acontece depois dela. 

As experiências de quase morte (EQM) são um contato momentâneo com outra realidade. Nelas as pessoas dizem que conseguem sair do seu corpo material, observarem os procedimentos médicos sendo realizados em seus corpos físicos: depois entram em um túnel em direção a uma luz brilhante, com a sensação da presença de um poder mais elevado. No mundo astral você realiza os desejos mais profundos da sua vida física para depois encontrar um lugar ideal para que possa renascer e continuar sua evolução. Dependendo da cultura de uma pessoas elas vêem coisas diferentes na sua pós morte, então há uma possibilidade de que nós próprios criamos a nossa vida após a morte a partir do que desejamos nos nossos mais profundos pensamentos. Várias séries abordam este assunto de maneiras diferentes. 

A série The Good Place, traz como enredo a vida após a morte dos personagens no modelo cristão. Ele traz o pós-vida com um céu, onde tudo é perfeito e tranquilo para as pessoas que fizeram coisas boas na terra; e o inferno, um lugar cheio de coisas ruins, maldições e torturas para pessoas que fizeram mal. Outra série que também se baseia no modelo cristão é Lúcifer, que traz anjos e demônios, e ao longo da história, aborda alguns assuntos sobre o céu e o inferno. 

Uma série/documentário que aborda outros modelos é o documentário da Netflix, Surviving Death, que tem a participação de diversas pessoas que já passaram por experiências de quase-morte, outras que estudam as mesmas, médiuns(pessoas que conseguem sentir e falar com espíritos) e reencarnação. Sócrates, foi o primeiro filósofo a trazer o questionamento da vida após a morte, e da possível existência de outros planos. Ele acreditava que antes de vivermos desse mundo, a nossa alma já passou por outros planos. A morte permite que a alma se conheça por verdadeiro. Durante a reencarnação da alma em um corpo, é possível trabalhar seu karma pessoal, para que se reencarne de forma mais pura. 

Em 1892, foi coletado o primeiro compilado de experiências de quase-morte. 
O geólogo suiço, Albert Heim estava escalando as montanhas Alpes, caiu e passou por uma experiência de quase morte. Quando relatou essa história para seus amigos, descobriu que mais de trinta deles já tinham passado por essa mesma experiência. Todas relataram que elas deixam seus corpos e viajam para um outro plano, e são recebidas por uma brilhante e acolhedora luz, e a partir daí especialistas começaram a questionar o que acontece após a morte física. 

O neuropsiquiatra, Peter Fenwick, estuda situações de quase morte na Universidade de Cambridge. A ciência atualmente diz que tudo depende do cérebro e quando ele para de funcionar você não pode estar consciente. Então, quando o cérebro para, você deveria morrer, mas nas situações de quase morte acontece uma expansão de consciência mesmo após o cérebro parar de funcionar. Ou seja, não tem como ser tudo o cérebro. Podendo ser a alma, ou qualquer outra coisa que ainda não conhecemos. Já a Universidade de Virginia, possui estudos na possibilidade de que alguns humanos possam sobreviver à morte corporal. 

A visão da realidade que temos hoje em dia é que a matéria física é a que controla tudo, sendo assim, quando o cérebro para de funcionar a consciência acaba. As duas concluem que tem algo além da morte física e do plano que conhecemos hoje. Cada vez mais este assunto intriga pessoas por todo o mundo. Já foram feitos diversos estudos de pessoas que passaram por uma experiência de quase morte e em todas a noção de tempo fica distorcida, e são recebidos por uma calorosa luz, e alguns encontram pessoas de seus passados. A sociedade possui tanta diversificação de culturas, religiões, etc, mas todos os relatos têm características tão similares. Temos pessoas que acreditam que a morte é apenas o encerramento da presença da alma em um corpo material e que logo se instalará em outro. Durante o sono da alma entre nascimentos, todas as lembranças dos acontecimentos do passado no corpo físico imprimem-se na alma, formando uma memória que se origina na vida futura, por isso, muitas pessoas, têm sensações esquisitas quando passam por determinadas situações (por já terem passado a mesma em outra vida física). E temos, também, pessoas que acreditam que após a morte não há nenhum outro plano, e que aquele é o fim da existência definitiva. 

O universo possui diversos planos, no qual, só observamos o que vivenciamos hoje. Pelo fato de não enxergarmos outros planos, e não ser possível encontrar com alguém, no mesmo corpo, após a sua morte faz com que tememos ela. Cada plano pode representar uma frequência diferente de consciência. Sem a morte não existiria o momento e plano atual, porque para um momento começar e se tornar realidade, o último precisa acabar. Vivemos em um universo que se recria. A nossa vida após a morte pode ser criada, e aparece como os nossos desejos mais profundos, então para cada um este momento é diferente. A única certeza que temos na vida é a morte, mas ao mesmo tempo não sabemos o que acontece depois.

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