Reflexões sobre o Destino, por Bruna Ferreira Dias Mário
Destino, por que acreditamos nele? Por que nós colocamos fé nele mesmo não sabendo se o mesmo existe ou não? Uma coisa que tem que se ter em mente é: o destino será sempre incerto e temeroso, e sempre irá gerar questionamentos. Tais questionamentos podem ser diversificados, como por exemplo: era o destino do Titanic afundar?(a questão histórica em si, não o filme).
Se sempre houve o vírus Covid ou Coronavírus, porque só agora ele se alastrou e devastou causando milhões de mortes no mundo todo? Isso tudo seriam consequências já destinadas a acontecer?
Segundo fontes, o destino “conduz a vida de acordo com uma ordem natural, segundo a qual nada do que existe pode escapar”, então o que há de mais nessa palavra que fez com que até o filósofo Nietzsche nomeasse a si mesmo como um destino, e por que não podemos escapar dessa tal “ordem natural”?.
As perguntas do filósofo em relação a esse tema nos traz uma ideia que, de certo modo, não pode ser respondida facilmente. Nós somos o nosso destino, no caso, ele seria seu destino, ou alguém nos conduzirá até ele?
Ainda não há uma resposta concreta para essas perguntas, mas o objetivo em si é refletir sobre elas.
Resumindo, a questão a ser tratada é, se nós realmente podemos definir e “escrever” nosso futuro ou se há um motivo para as coisas acontecerem do jeito que são, se há alguém por trás de tudo que controla e define o que será certo ou não em nossas vidas, se conseguires aquilo que tanto queremos para os nossos destinos ou não.
Para entender melhor, é preciso considerar o entendimento do significado de tal nomenclatura. O Destino é “uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível ordem cósmica. Portanto, segundo essa concepção, o destino conduz a vida de acordo com uma ordem natural, segundo a qual nada do que existe pode escapar”. A partir dessa definição, incontáveis pessoas acabam acreditando que toda conquista que se adquire na vida, sendo eles aspectos positivos ou negativos, é resultado deste destino.
Para entender melhor, é como se todo o percurso de nossa vida estivesse contido em uma linha reta em que não se pode mudar a direção, seguindo nessa lógica, nós não teríamos a liberdade de mudar essa linha, pois ela já está lá definida.
Convém observar que, para Nietzsche, o destino “exprime a aceitação e a volição da necessidade, ele interpreta a necessidade do devir cósmico como vontade de reafirmação: desde a eternidade o mundo aceita-se e quer-se a si mesmo, por isso repete-se eternamente”.
Fortalecendo, essa definição consiste na aceitação de que esse destino já está predeterminado, na aceitação de que nada o mudará, pensamento que reforça a ideia dita anteriormente de que, se o destino realmente existe, estamos todos seguindo uma linha reta na qual não pode ser mudada. Agora a decisão de acreditar ou não em tal fenômeno depende de cada pessoa e suas crenças.
Mesmo sendo um dos temas mais intrigantes e discutido pelos filósofos que ainda não encontraram uma resposta concreta a ela, ainda existe uma certa “zona de conforto” a quem acolhe e aceita o destino como certo e inevitável, deixando de fazer coisas por acreditar que aquele é seu destino (fatos da vida acontecerão e não adianta lutar contra).
Resumindo, o paradigma do destino pode ser algo, até certo ponto, nocivo ao desenvolvimento da capacidade humana e ao mesmo tempo beneficiador a aqueles que decidem ir contra o predeterminado e escrever seu próprio destino. Portanto, se o destino existe ou não, se alguém o determina ou se o advento do Coronavírus e o náufrago do Titanic fosse algo já previsto para acontecer a humanidade, cabe a você mesmo decidir isso em sua vida.
(Foto de Agni B, fonte: Unsplash)
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